quinta-feira, 30 de agosto de 2012

QUANDO ENTRAR SETEMBRO.

Setembro está chegando e é azul,  você sabe o por que?





Criada pela Lei nº 11.796/2008, a comunidade surda comemora o Dia Nacional do Surdo, lembrando assim a criação da primeira escola para Surdos no país.
Em 1857, Eduard Huet implantou o Instituto Nacional de Surdos Mudos do Rio de Janeiro, hoje INES - Instituto Nacional de Educação de Surdos, atualmente além de oferecer no seu Colégio de Aplicação, Educação Precoce (de zero a três anos), Ensino Fundamental e Médio, oferece também Ensino Superior através do Curso Bilíngue de Pedagogia, experiência pioneira na América Latina.

Aqui no Ceará e em outros estados do Brasil se comemora o Dia do Surdo com passeatas, palestras e outros instrumentos de divulgação da importância da data, da língua e do fortalecimento da cultura surda. Segue abaixo a Lei que institui a data na íntegra:

Lei Nº 13.694, DE 29.11.05 (D.O. 01.12.05).
( Proj. Lei nº 136/05 - Dep. José Sarto)

  Dispõe sobre a instituição do Dia Estadual dos Surdos.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ

FAÇO SABER QUE A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DECRETOU  E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

Art. 1º Fica instituído o dia 26 de setembro de cada ano como Dia Estadual dos Surdos.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.


PALÁCIO IRACEMA DO ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza, 29 de novembro de 2005.
Lúcio Gonçalo de Alcântara
GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ







sexta-feira, 10 de agosto de 2012

SignWriting uma forma de ler e escrever sinais.


Foi desenvolvida em 1974 por Valerie Sutton, uma dançarina, que havia, dois anos antes, desenvolvido a DanceWriting. Foi, então, na Dinamarca registada a primeira página de uma longa história: a criação de um sistema de escrita de línguas gestuais. Conforme os registos feitos pela Valerie Sutton na homepage do SignWriting, em 1974, a Universidade de Copenhaga solicitou a Sutton que registasse os gestos gravados em vídeo. As primeiras formas foram inspiradas no sistema escrito de danças.
Em 1977, Dr. Judy Shepard-Kegl organizou o primeiro workshop sobre SignWriting para a Sociedade de Lingüística de New England nos Estados Unidos, no MIT. Nesse mesmo ano, o primeiro grupo de surdos adultos a aprender o sistema foi um grupo do Teatro Nacional de Surdos em Connecticut. A primeira estória escrita em SignWriting foi publicada: Goldilocks and the three bears. Em 1978, as primeiras lições em vídeo foram editadas. Em 1979, Valerie Sutton trabalhou com uma equipe do Instituto Técnico Nacional para Surdos em Rochester prestando assistência na elaboração de uma série de livretos chamados The Techinical Signs Manual que usaram ilustrações em SignWriting.





Através do computador, o SignWriting começou a se tornar muito mais popular nos Estados Unidos. Hoje em dia, o sistema de escrita de sinais não tem mais a mesma forma que o sistema criado em 1974. O sistema evoluiu muito ao longo dos anos. O uso do sistema determinou as mudanças envolvendo várias pessoas nesse processo. 
Já existem algumas obras literárias produzidas no Brasil em Libras escrita em SignWriting, títulos como Uma Menina Chamada Kauana, Cinderela Surda, Rapunzel Surda, entre outras.


“A escrita de sinais é muito importante para nós, porque é a forma própria de escrever a língua de sinais. A comunidade surda que utiliza a língua de sinais merece ter também a sua escrita. Da mesma forma, as crianças devem escrever os sinais uma vez que usam a língua de sinais.” Marianne Rossi Stumpf

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Relator inclui educação especial e escolas para surdos no PNE







De acordo com o Decreto Nº5626 de 22 de Dezembro de 2005(completo aqui: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm), mais precisamente no
CAPÍTULO IV
DO USO E DA DIFUSÃO DA LIBRAS E DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA O 
ACESSO DAS PESSOAS SURDAS À EDUCAÇÃO


Art. 14. As instituições federais de ensino devem garantir, obrigatoriamente, às pessoas surdas acesso à comunicação, à informação e à educação nos processos seletivos, nas atividades e nos conteúdos curriculares desenvolvidos em todos os níveis, etapas e modalidades de educação, desde a educação infantil até à superior.


I - promover cursos de formação de professores para:
a) o ensino e uso da Libras;
b) a tradução e interpretação de Libras - Língua Portuguesa; e
c) o ensino da Língua Portuguesa, como segunda língua para pessoas surdas;
II - ofertar, obrigatoriamente, desde a educação infantil, o ensino da Libras e também da Língua Portuguesa, como segunda língua para alunos surdos;
III - prover as escolas com:
a) professor de Libras ou instrutor de Libras;
b) tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa;
c) professor para o ensino de Língua Portuguesa como segunda língua para pessoas surdas; e
d) professor regente de classe com conhecimento acerca da singularidade lingüística manifestada pelos alunos surdos;
IV - garantir o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos surdos, desde a educação infantil, nas salas de aula e, também, em salas de recursos, em turno contrário ao da escolarização;
V - apoiar, na comunidade escolar, o uso e a difusão de Libras entre professores, alunos, funcionários, direção da escola e familiares, inclusive por meio da oferta de cursos;
VI - adotar mecanismos de avaliação coerentes com aprendizado de segunda língua, na correção das provas escritas, valorizando o aspecto semântico e reconhecendo a singularidade lingüística manifestada no aspecto formal da Língua Portuguesa;
VII - desenvolver e adotar mecanismos alternativos para a avaliação de conhecimentos expressos em Libras, desde que devidamente registrados em vídeo ou em outros meios eletrônicos e tecnológicos;
VIII - disponibilizar equipamentos, acesso às novas tecnologias de informação e comunicação, bem como recursos didáticos para apoiar a educação de alunos surdos ou com deficiência auditiva.
§ 2o O professor da educação básica, bilíngüe, aprovado em exame de proficiência em tradução e interpretação de Libras - Língua Portuguesa, pode exercer a função de tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa, cuja função é distinta da função de professor docente.
§ 3o As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal, estadual, municipal e do Distrito Federal buscarão implementar as medidas referidas neste artigo como meio de assegurar atendimento educacional especializado aos alunos surdos ou com deficiência auditiva. 


Esse decreto é meio antigo, pensando que já poderia estar em prática. Mas, no último dia 29, o deputado Ângelo Vanhoni (PT-PR) relator da comissão especial para analisar as propostas da PL 8035/10 incluiu a proposta da escola especial e da escola bilíngue para surdos. 

“No começo o governo só queria falar de inclusão, mas souberam negociar e atender esses movimentos que se organizaram e foram os mais atuantes na discussão do PNE”, explica o presidente da comissão, deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES).

Essa é uma luta árdua e desgastante. Enfrentamos vários problemas com pessoas que não querem ouvir nossos direitos, mas nem por isso ficamos calados. Do nosso jeito nos fazemos ouvir nos quatro cantos do mundo quando o assunto é respeito ao ser humano na sua mais pura essência! 

domingo, 27 de maio de 2012

Marvel cria super-herói surdo para incentivar menino a usar aparelho auditivo.


Para encorajar, obrigar ou difundir a questão dos que não podem ouvir?


Na tentativa desesperada do filho usar seu AASI’S (aparelho individual de amplificação sonora) uma mãe americana recorreu a Marvel para tentar uma solução. Anthony Smith não ouve nada com o ouvido direito e tem audição reduzida com o esquerdo e ultimamente não queria utilizar o aparelho. 
No caso de Anthony, ele alega que nenhum super herói usa, talvez uma desculpa plausível, mas e das outras crianças que simplesmente se sentem incomodadas ou não tem uma boa aceitação para tal?
Esse assunto é bastante complicado. A família quer e a pessoa com a deficiência não, quem vencerá? Muitos alegam dor de cabeça, mal estar entre outros sintomas. A mesma coisa acontece com o IC (implante coclear) que ainda não é bem esclarecido e aceito por alguns, e a decisão é de quem? 
Pessoas que não conseguem ouvir ou possuem um resquicio auditivo seja lá quanto for, tem tanto direito quanto quem se diz "normal", eles devem ter o direito sim de escolher o que é melhor, e pra essas pessoas que apenas obrigam, só uma coisa: Se coloquem no lugar de cada um e veja se você gostaria de ser ou não consultado antes que decidam sua vida! 
Toda a iniciativa de se divulgar a cultura surda é bem vinda, desde que contemplem sua mais real essência. 

Abraços sinalizados 

Aqui um pouquinho sobre outros heróis surdos da marvel. 



Eco  é uma personagem fictícia do Universo Marvel. Ela começou como vilã e inimiga do Demolidor, usando o codinome Eco. Também conhecida como Ronin.
Como surda, Maya desenvolveu uma incrível habilidade de poder copiar as técnicas de lutas de seus adversários entre outros. Ela usa armas (como espadas) e é mestra em Artes Marciais. Apesar de surda, ela lê os lábios de quem conversa com ela e ela responde com palavras.  Maya possui uma tatuagem em forma de mão em seu rosto para se lembrar sempre da morte de seu pai.




  Gavião Arqueiro é um membro dos Poderosos Vingadores e foi o primeiro líder dos Vingadores da Costa Oeste.  Nos Vingadores, ele pode não ser um membro constante, mas quando aparece faz um grande trabalho. Seu nome verdadeiro é Clinton "Clint" Francis Barton. O vingador que ficou quase totalmente surdo em uma batalha e hoje usa um aparelho auditivo para lhe auxiliar.

Mais informações sobre a noticia no link abaixo:

http://paprica.org/2012/05/marvel-cria-super-heroi-surdo-para-incentivar-menino-a-usar-aparelho-auditivo/

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Como é ruim não poder falar


Sabe-se que há 10 anos atrás se fez valer os direitos a pessoa com deficiência auditiva sancionando a Lei Nº 10.436, de 24 de Abril de 2002, quem tem em seu Art. 1o que a Libras é reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados.
No Decreto Nº 5.626 de 22 de Dezembro de 2005 em seu CAPÍTULO VI, Art. 22.  As  instituições federais de ensino responsáveis pela educação básica devem garantir a inclusão de alunos surdos ou com deficiência auditiva, por meio da organização de:
II - escolas bilíngües ou escolas comuns da rede regular de ensino, abertas a alunos surdos e ouvintes, para os anos finais do ensino fundamental, ensino médio ou educação profissional, com docentes das diferentes áreas do conhecimento, cientes da singularidade lingüística dos alunos surdos, bem como com a presença de tradutores e intérpretes de Libras - Língua Portuguesa. Art. 23.  As instituições federais de ensino, de educação básica e superior, devem proporcionar aos alunos surdos os serviços de tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa em sala de aula e em outros espaços educacionais, bem como equipamentos e tecnologias que viabilizem o acesso à comunicação, à informação e à educação.

E com tudo isso, ontem eu estava em uma sala de Formação continuada, onde se capacita pessoas a trabalharem com várias deficiências tive que ouvir de um "profissional intérprete" que uma aluna surda se virasse ou combinasse outro dia pra entregar um trabalho em um curso que não oferece o trabalho de intérprete pelo simples fato da mãe dessa jovem não ter comunicado com antecedência que ela precisava. Detalhe: Todos desse centro de referência conhecem muito bem a jovem. Eles também sabem que o bilinguismo ainda não se faz valer como deveria ser e bem sabem que mesmo com o dominio do português ela tem o direito de se comunicar em sua língua materna e ter alguém capacitado para traduzir, sem precisar ficar se humilhando para obter tal serviço.
Posso estar errada em querer que esse lugar consiga um profissional para atender seus alunos surdos que cheguem sem agendamento, mas não sou obrigada a ficar calada diante de tal afronta. Os deuses sabem o quanto me contive para não começar ali uma guerra, motivos maiores me fizeram voltar atrás.
Só queria que um dia essa tal inclusão fosse feita não só no sentido de jogar pessoas com deficiências em seus territórios. Eu quero que essa inclusão seja feita com a aceitação e o respeito de acolhê-los, atendê-los e oferecer a devida adaptação. Que não seja só em uma escada que virou rampa, um banheiro para pessoas com cadeiras de rodas, seja com alguém capacitado com técnicas e conhecimentos de tradução e interpretação e não só com boa vontade e real amor por aquilo que ainda não possui, ou o mais importante um belo sorriso e a vontade de lutar pela real inclusão, que caminha a passos lentos e ainda luta contra o preconceito e a ignorância de pessoas que deveriam fazer apenas seu trabalho: Ensiná-los e ampará-los com amor!

I Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência

terça-feira, 22 de maio de 2012

I Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Fortaleza.





Programação 
Dia 28 de maio

8h – Café da manhã e credenciamento

9h – Abertura – Composição da Mesa com Autoridades: SNPD, Conade, CEDEF, SDH, 
Comdefor e Prefeita – Hino Nacional e de Fortaleza em Libras por Adriano Rodrigues

9h30 – Mesa redonda: Atuação dos Parlamentos na Implementação da Convenção 
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência 

(Senador - Deputado Federal – Deputado Estadual e Vereador)

11h30 – Almoço

13h – Leitura e discussão do Regimento da I Conferência Municipal dos Direitos da 
Pessoa com Deficiência de Fortaleza 

14h – Painel temático para apresentação e discussão da Convenção sobre os Direitos 
das Pessoas com Deficiência por artigos, nas áreas: 

Educação – Profª Terezinha Joca (Unifor)

Esporte – Prof. Vicente Cristino - Coordenação do Curso de Educação Física – UNIFOR 

Saúde – Dr. Mário Mamede – Superintendente do Instituto de Previdência do Município 
- IPM 

15h – Coffee breack

15h30 – Continuação Painel Temático 

Acessibilidade – Profª Zilsa Santiago – Coordenadora do Curso de Arquitetura e Urbanismo 
da Universidade Federal do Ceará - UFC

Transporte – Flávio Arruda - Chefe da Unidade de Acessibilidade e Projetos da Empresa 
de Transporte Urbano de Fortaleza - Etufor 

Acesso à Justiça - Nadia Costa Maia – Promotora de Justiça 

17h – Encerramento

Dia 29 de maio

8h – Café da manhã

8h30 – Plenária para divisão dos grupos e encaminhamento de propostas

9h – Discussão nos grupos

Grupo 1 – Deficiência Auditiva 

Grupo 2 – Deficiência Física 

Grupo 3 – Deficiência Intelectual 

Grupo 4 – Deficiência Orgânica e Múltipla

Grupo 5 – Deficiência Visual 

12h30 – Almoço

13h30 – Apresentação e escolha de delegados nos grupos.

14h30 – Plenária para apresentar e referendar as propostas colhidas nos grupos.

16h30 – Coffee Break

17h – Plenária para referendar a eleição dos delegados eleitos nos grupos.

18h – Show e Coquetel


:: SERVIÇOI Conferência Municipal dosDireitos da Pessoa com Deficiência de Fortaleza
Dias: 28 e 29 de maio
Local: Universidade do ParlamentoCearense (Av. Pontes Vieira, 2391, Dionísio Torres)



Inscrições > http://www.fortaleza.ce.gov.br/sdh/index.php?option=com_content&task=view&id=343